Fico um pouco
receado com a velocidade que as pessoas entram em nossas vidas, estamos
sentados em nossas camas verificando e-mails até que uma nova solicitação de
amizade surge do além, então entramos no perfil do intruso e damos aquela bela stalkeada
até que nos depararmos com o fim da página e a encruzilhada do aceitar?
Recusar? Ou simplesmente deixa-lo mofando no purgatório? Sou do tipo de
indivíduo que geralmente os ignora, mas vez ou outra algo me chama a atenção e
bingo! Lá estou eu aceitando a solicitação e puxando assunto com o
desconhecido.
Um diálogo
simples se inicia, e depois de algum tempo até alguns segredos da sua infância
vêm à tona para complementar o bate papo. E o dia acaba, um novo começa e lá
está você todo animado mandando um ‘Oiee’ pra pessoa que você conheceu ontem e
que acabou passando com a criatura o dia inteiro rodeando sua cabeça. Algumas
pessoas tem o dom de serem interessantes, te dão atenção, o fazem sentir se
importante, e além de tudo isso são simpáticos. E você se sente bem com isso.
Logo estamos
nos apaixonando, marcando encontros e enfim partimos para o próximo e mais
importante passo, conhecer a pessoa que te fez agir como um pré adolescente em
seu primeiro amor. Geralmente há muita expectativa em ambas as partes para o
primeiro encontro físico, como que roupa usar, se o cabelo está bom, como
disfarçar aquela espinha gigante que apareceu no meio da sua testa pela manhã,
seu hálito, enfim, aquela sensação de que tudo dará errado só sairá da cabeça
quando você voltar pra casa e soltar um suspiro de alívio, ou não.
Então sai de
casa esbanjando charme e nervosismo, olha as horas para ver se não está nem
muito cedo ou se está atrasado, chega ao local combinado e se depara com aquela
criatura linda que você viu umas 586 vezes no Skype com um sorriso de orelha a
orelha e contente por você realmente existir. Com um sorriso tímido diz oi,
repara em cada detalhe do outro, o jeito de pronunciar as palavras, o aroma que
exala, a aura brincalhona contagiante, tudo está aí, perto de você, a única
coisa que tem que fazer é se deixar levar pelo momento. E que momento.
Sabe, a vida é
duvidosa, cheia de idas e voltas, ela gosta de nos pregar peças. Você pode
encontrar o amor da sua vida na próxima esquina, ou naquela solicitação que
você acabou deixando de aceitar. Já pensou sobre isso?
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